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Wednesday, October 04, 2006

A Helena Matos cheia de razão no Blasfémias:
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"É de anedotário o que se tem passado com as notícias sobre estas eleições no Brasil. Além de Lula sabem os leitores e telespectadores portugueses que existe a candidata Heloísa Helena. Quantas vezes se falou daquele obscurantissimo senhor que vai à segunda volta? E note-se que segundo nos é dito o incógnito vai à segunda volta apenas porque os ricos votaram nele e também porque os companheiros de Lula se deixaram apanhar nuns esquemas de corrupção (coisa confusa que nem vale a pena detalhar e que assim como assim é endémica e generalizada no Brasil)"
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O grau de proselitismo político na nossa comunicação social está tão embrenhado, é tão denso e tão habitual, a começar pela questão "americano-bushista-israelo-palestiniana-iraquiana", que já é difícil imaginar como seriam as "notícias" sem ele. Seriam certamente mais notícias.
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Exemplos: silêncios sobre o que se passa e é necessário fazer no Darfur, resultado de não se querer integrar o noticiário sudanês no contexto dos conflitos de origem islâmica; indiferença perante atentados como o de Mombai, também descontextualizado; conflitos húngaros entre o primeiro-ministro e a "extrema-direita", forma de diminuir a reacção contra um governante socialista; omissão do conteúdo do documento dos serviços secretos americanos publicado para mostrar como eram de má fé as fugas parcelares realizadas, etc., etc. Fecho rápido de assuntos, de tudo o que contraria as teses dominantes, ao mesmo tempo que se estica até ao limite tudo o que as reforça. É intencional? Muitas vezes nem sequer isso é. É como quem respira. Sempre o mesmo ar. IN ABRUPTO
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