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Friday, November 10, 2006

Borat
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Nuno Markl já viu: " Tudo o que ouviram dizer é verdade. Digo-vos que nunca ri tanto durante tanto tempo seguido com nenhum filme, o que significa que se Borat for avaliado pela quantidade de gargalhadas que provoca no espectador é um sério candidato a melhor comédia de todos os tempos. E mesmo que não seja avaliado por aí, é um sério candidato a essa honra. Estamos a falar, e sem exageros, de um marco na comédia mundial. O tipo de coisa que está para o Cinema do século XXI como Chaplin, Laurel e Hardy, Groucho Marx, Dr. Strangelove e A Vida de Brian dos Monty Python estiveram para o do século XX. Sim, é o quão bom é Borat, esta explosiva, inventiva mistura de documentário com ficção que - e isto é muito importante - não é o papão anti-Cazaquistão que o Governo de lá quer fazer crer que é. O que Borat é, é um monumento de sátira demolidora a todos os preconceitos, hipocrisias, taras e manias da sociedade americana. E o mais incrível é que ele nem precisava de se esforçar - os americanos com quem Sacha Baron Cohen entra em incendiário contacto (defensores fundamentalistas da moral e dos bons costumes, racistas, fascistas, homófobos, fanáticos) fazem boa parte da comédia (involuntária), servindo o repórter do Cazaquistão simplesmente para abrir a Caixa de Pandora. Sacha Baron Cohen é um génio da comédia física, da sátira social e política, da composição detalhada de personagem. Por muito que gostássemos do espantoso Ali G Show nada nos prepararia para este quase milagre de perfeição cómica politicamente incorrecta e revolucionária que é Borat. Cohen está bem acompanhado na aventura: quem realiza o filme - e que mereceria, pelo menos, uma nomeação para o Oscar de Melhor Realização - é Larry Charles, cúmplice de Seinfeld e Larry David, realizador de boa parte dos episódios de Curb Your Enthusiasm, co-criador de Entourage e um grande, grande cineasta de comédia. O facto de Borat ter batido A Santa Cláusula 3 nas bilheteiras americanas é um maravilhoso sinal de esperança na Humanidade e uma consagração merecida para um comediante de culto que já anda há alguns anos nisto sem que o mundo lhe tenha ainda feito a vénia que ele merece. A expressão “obra-prima” inventou-se para filmes como Borat - é tão simples como isto. E aqueles que nunca foram à bola com a obra televisiva de Sacha Baron Cohen, por favor, não desistam antes de ir ao cinema ver Borat, que está quase a estrear em Portugal. Aqui em Londres estava uma enorme sala cheia a rir convulsivamente."

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