O meu amor por ti já não é uma palavra:
Nunca o foi.
É um osso por dentro.
Uma forma de o sangue chegar aos gestos
Com um ritmo de flores.
Dar-te a mão
É uma forma de voar.
Fazer-te uma festa
É estar já para lá do voo.
Beijar-te
É mergulhar, com os lábios,
Na água mais clara.
Dizer isto é regressar.
Outra lua não tenho
Que não seja a tua.
E outra noite não quero
Que não seja a tua noite.
Eu coleccionarei os teus morcegos:
Farei deles estrelas ao contrário.
Gabriel Magalhães
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